Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Estoril - Portugal, 10.1939
in Poemas, sonetos e baladas
in Antologia Poética
in Livro de Sonetos
in Poesia completa e prosa: "O encontro do cotidiano"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
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2 comentários:
Oi Esdras,
que bom que voltou a atualizar seu blog e adorei ver aqui um dos sonetos mais bonitos que já ouvi na vida. Eu tinha uma professora de Português (1º ao 3º ano) que sempre recitava esse soneto.
Bom gosto! Amei!
Beijos Lú
Como assim vc tem um blog????????/
Nossa nem sabia...
Baxinha
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