HOJE DE MANHÃ
Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte,
varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e assim quero que possa ser sempre —
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
segunda-feira, abril 25, 2005
sábado, abril 23, 2005
Ser ou sido...
O que seria da vida sem ao menos um olhar meio cego?...Uma risada gostosa?...Um carinho arranhado?...Um beijo no canto da boca? Sabe?!?!? É... Aquele que bate na trave... Aquele que você fica imaginando: "Hummm...Quase. Mas na próxima! Não me escapa."
Este é um dos melhores...
Bom, mas o que "seria" da vida? Será até onde nós, homens e mulheres do século 21, vamos parar, vamos chegar, vamos sentir, vamos sorrir? Quando vejo meninas de 14 anos fumando e bebendo, desanimo com certas coisas. Acho que sou muito conservador pra minha época. Mas calma lá. Que época?
Uma época onde tudo na vida se torna passageiro. Tudo na vida se torna vago para várias pessoas. Você não se torna mais eternamente responsável por aquilo que cativas. Você não se torna mais conveniente para certos tipos de atitudes.
É muito fácil falar de coisas desagradáveis. Coisas que você acha que nunca vai dar certo. Mas é muito bom quando nós nos encontramos. Encontramos "coisas boas" da vida. Nós começamos a perceber que a vida não pode ser só isso. Que a vida não pode ser só levantar, tomar café da manhã, ir para o trabalho, brigar no trânsito, trabalhar, voltar pra casa, brigar de novo no trânsito e ser nós mesmos. Não!!! Não pode ser só isso. Não é só isso.
Entendeu? Não! Bem, o que eu estou tentando passar, é que existe um mundo lá fora. Não um mundo pra fora do jardim ou de fora da varanda. Um mundo cheio de pessoas, coisas, parques de diversões, tédios, campanhias, abismos e samba. Que não pode ser apenas sexo, amor e traição. Ou apenas mentiras, trapaças e dois canos fumegantes.
Falando sério, sério mesmo, a vida seria uma merda se fosse só isso. Seria apenas vida! Mesmo vivendo apenas uma vez, seria interessante viver pra viver e não por viver. É isso que devemos tentar seguir. É isso que quero buscar. Conservador ou não, viver ou não, ser ou sido, com o perdão da expressão: FODA-SE. Quero sim uma risada gostosa, quero sim um carinho arranhado, quero sim um olhar meio cego, quero sim beijos no canto da boca.
A inquietude da vida que espere, pois a esperança de um amanhã é silenciosa.
Esdras
obs: Um beijão a minha amiga Nair.
Este é um dos melhores...
Bom, mas o que "seria" da vida? Será até onde nós, homens e mulheres do século 21, vamos parar, vamos chegar, vamos sentir, vamos sorrir? Quando vejo meninas de 14 anos fumando e bebendo, desanimo com certas coisas. Acho que sou muito conservador pra minha época. Mas calma lá. Que época?
Uma época onde tudo na vida se torna passageiro. Tudo na vida se torna vago para várias pessoas. Você não se torna mais eternamente responsável por aquilo que cativas. Você não se torna mais conveniente para certos tipos de atitudes.
É muito fácil falar de coisas desagradáveis. Coisas que você acha que nunca vai dar certo. Mas é muito bom quando nós nos encontramos. Encontramos "coisas boas" da vida. Nós começamos a perceber que a vida não pode ser só isso. Que a vida não pode ser só levantar, tomar café da manhã, ir para o trabalho, brigar no trânsito, trabalhar, voltar pra casa, brigar de novo no trânsito e ser nós mesmos. Não!!! Não pode ser só isso. Não é só isso.
Entendeu? Não! Bem, o que eu estou tentando passar, é que existe um mundo lá fora. Não um mundo pra fora do jardim ou de fora da varanda. Um mundo cheio de pessoas, coisas, parques de diversões, tédios, campanhias, abismos e samba. Que não pode ser apenas sexo, amor e traição. Ou apenas mentiras, trapaças e dois canos fumegantes.
Falando sério, sério mesmo, a vida seria uma merda se fosse só isso. Seria apenas vida! Mesmo vivendo apenas uma vez, seria interessante viver pra viver e não por viver. É isso que devemos tentar seguir. É isso que quero buscar. Conservador ou não, viver ou não, ser ou sido, com o perdão da expressão: FODA-SE. Quero sim uma risada gostosa, quero sim um carinho arranhado, quero sim um olhar meio cego, quero sim beijos no canto da boca.
A inquietude da vida que espere, pois a esperança de um amanhã é silenciosa.
Esdras
obs: Um beijão a minha amiga Nair.
domingo, abril 17, 2005
Homenagem ao Seu João...
Bom galera, este é um poema que meu Vô João declamava (muito bem por sinal) quando era vivo! Pelo que me contam era um momento de muita emoção e sentimento! Infelizmente, eu não cheguei a conhece-lô. Tinha 1 ano de vida quando ele foi para ao lado do Pai.
Mas só de ler já dá para perceber de onde vem esta minha admiração pela poesia.
Espero que gostem...
beijos a todos.
Esdras Fernandes
Orgulho e Renuncia
Não penses que a mentira me consola:
Parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou, a tua esmola
Meu sofrimento ainda fará maior...
Não te condeno, nem te recrimino
Ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
Nem tu podias contrariar o teu!
Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
e se esse amor não devia ter futuro,
foi bem melhor precipitar seu fim...
Não te condeno , nem te recrimino
Tinha que ser, tudo acabou, morreu!
cada qual traz do berço o seu destino
e esse final bem doloroso, é o meu!
Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim...
Quando penso que ainda ontem, - Quem sabe?
Tenha sentido algum amor por mim
Não procures mentir. Compreendo tudo.
Tudo por si, justificado está:
não tens culpa se te amo... se me iludo...
Se a vida para mim é que foi má...
Vês? - Meus olhos chorando estão contentes!
Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...
Parte, e que nunca sofrer alguém te faça
o que sofri com teu ingênuo amor;
- pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...
Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... Que não direi jamais!
Poema de JG. de Araújo Jorge 1938
Mas só de ler já dá para perceber de onde vem esta minha admiração pela poesia.
Espero que gostem...
beijos a todos.
Esdras Fernandes
Orgulho e Renuncia
Não penses que a mentira me consola:
Parte em silêncio, será bem melhor...
Se tudo terminou, a tua esmola
Meu sofrimento ainda fará maior...
Não te condeno, nem te recrimino
Ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino
Nem tu podias contrariar o teu!
Sofro, que importa? mas não te censuro,
o inevitável quando chega é assim,
e se esse amor não devia ter futuro,
foi bem melhor precipitar seu fim...
Não te condeno , nem te recrimino
Tinha que ser, tudo acabou, morreu!
cada qual traz do berço o seu destino
e esse final bem doloroso, é o meu!
Estranho, é que a afeição quando se acabe
traga inútil consolo ao nosso fim...
Quando penso que ainda ontem, - Quem sabe?
Tenha sentido algum amor por mim
Não procures mentir. Compreendo tudo.
Tudo por si, justificado está:
não tens culpa se te amo... se me iludo...
Se a vida para mim é que foi má...
Vês? - Meus olhos chorando estão contentes!
Não fales nada. Vai! Ninguém te obriga
a dizeres aquilo que não sentes,
nem eu preciso disto minha amiga...
Parte, e que nunca sofrer alguém te faça
o que sofri com teu ingênuo amor;
- pensa que tudo morre, tudo passa,
que hei de esquecer-te, seja como for...
Pensa que tudo foi uma tolice...
Só mais tarde, bem sei, compreenderás
as palavras de dor que não te disse
e outras, de amor... Que não direi jamais!
Poema de JG. de Araújo Jorge 1938
sábado, abril 16, 2005
O Eu Profundo de Fernando Pessoa
O cara traduzido para o Inglês:
Pessoa, the traditionalist, in the well-known "Autopsychography":
The poet is a faker
The poet is a faker
Who's so good at his act
He even fakes the pain
Of pain he feels in fact.
PREDOMÍNIO DO SENTIDO INTERIOR
Era eu um poeta estimulado pela filosofia e não um filósofo com faculdades poéticas. Gostava de admirar a beleza das coisas, descobrir no imperceptível, através do diminuto, a alma poética do universo.
A poesia da terra nunca morre. Podemos dizer que as eras passadas foram mais poéticas, mas não podemos dizer (...)
A poesia encontra-se em todas as coisas - na terra e no mar, no lago e na margem do rio. Encontra-se também na cidade - não o neguemos - é evidente para mim, aqui, enquanto estou sentado, há poesia nesta mesa, neste papel, neste tinteiro; há poesia no barulho dos carros nas ruas, em cada movimento diminuto, comum, ridículo, de um operário, que do outro lado da rua está pintando a tabuleta de um açougue.
Meu senso íntimo predomina de tal maneira sobre meus cinco sentidos que vejo coisas nesta vida - acredito-o - de modo diferente de outros homens. Há para mim - havia - um tesouro de significado numa coisa tão ridícula como uma chave, um prego na parede, os bigodes de um gato. Há para mim uma plenitude de sugestão espiritual em uma galinha com seus pintinhos, atravessando a rua, com ar pomposo. Há para mim um significado mais profundo do que as lágrimas humanas no aroma do sândalo, nas velhas latas num monturo, numa caixa de fósforos caída na sarjeta, em dois papéis sujos que, num dia de ventania, rolarão e se perseguirão rua abaixo. É que a poesia é espanto, admiração, como de um ser tombado dos céus, a tomar plena consciência de sua queda, atônito diante das coisas. Como de alguém que conhecesse a alma das coisas, e lutasse para recordar esse conhecimento, lembrando-se de que não era assim que as conhecia, não sob aquelas formas e aquelas condições, mas de nada mais se recordando.
Fernando Pessoa
em "O Eu Profundo".1910
quinta-feira, abril 14, 2005
Hoje é dia de música!!!
"Eu te amo"
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
( Tom Jobim)
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
terça-feira, abril 12, 2005
Alguns "pedaços" de textos....
Achei estes fragmentos de textos na página de uma amiga!!
Sensacional...
Esdras Fernandes
"(...) Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas, Quanto mais personalidades eu tiver, Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver, Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas, Quanto mais unificadamente diverso, dispersamente atento, Estiver, sentir, viver, for, Mais possuirei a existência total do universo, Mais completo serei pelo espaço inteiro afora (...)" Fernando Pessoa
"... há sem dúvidas quem ame o infinito, há sem dúvidas quem deseje o possivel, há sem dúvidas quem nao queira nada. Há 3 tipos de idealistas, e eu, nenhum deles, Porque amo infinitamente o finito, porque desejo impossivelmente o possivel, pq quero tudo, ou um pouco mais, se puder, ou até mesmo se não puder..." Fernando Pessoa
"Sentir tudo de todas as maneiras, Viver tudo de todos os lados, Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo, Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos..." Fernando Pessoa
" Multipliquei-me, para me sentir, Para me sentir, precisei sentir tudo, Transbordei, não fiz senão extravasar-me, Despi-me, entreguei-me, E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente" Fernando Pessoa
" Estou felizmente mais louca e minha ignorância aumenta. A diferença entre o louco e o não-louco é que o não-louco não diz nem faz as coisas que pensa" Clarice Lispector
Sensacional...
Esdras Fernandes
"(...) Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas, Quanto mais personalidades eu tiver, Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver, Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas, Quanto mais unificadamente diverso, dispersamente atento, Estiver, sentir, viver, for, Mais possuirei a existência total do universo, Mais completo serei pelo espaço inteiro afora (...)" Fernando Pessoa
"... há sem dúvidas quem ame o infinito, há sem dúvidas quem deseje o possivel, há sem dúvidas quem nao queira nada. Há 3 tipos de idealistas, e eu, nenhum deles, Porque amo infinitamente o finito, porque desejo impossivelmente o possivel, pq quero tudo, ou um pouco mais, se puder, ou até mesmo se não puder..." Fernando Pessoa
"Sentir tudo de todas as maneiras, Viver tudo de todos os lados, Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo, Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos..." Fernando Pessoa
" Multipliquei-me, para me sentir, Para me sentir, precisei sentir tudo, Transbordei, não fiz senão extravasar-me, Despi-me, entreguei-me, E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente" Fernando Pessoa
" Estou felizmente mais louca e minha ignorância aumenta. A diferença entre o louco e o não-louco é que o não-louco não diz nem faz as coisas que pensa" Clarice Lispector
segunda-feira, abril 11, 2005
Não tem jeito mesmo!!! O cara é bom!!!
"...Andei, andei, andei..."
hehe...
Pois é li, li, li e não tem jeito....acabo voltado ao Poeta!
Bem, aqui vai uma parte da poesia de Vinícius...
A poesia é linda e representa perfeitamente como e o por que do folclore brasileiro!!
Se você tiver um tempinho, entre no site: www.viniciusdemoraes.com.br e procure...
Balada do morto vivo
Abração a todos!
Paz e bem!
Esdras Fernandes
...Efetivamente o Bill
Talvez devido à friagem
Que crepitava do rio
Voltara dessa viagem
Muito branco e muito frio.
"Tenho nada, minha nega
Senão fome e amor ardente
Dá-me um trago de aguardente
Traz o pão, passa manteiga!
E aproveitando do ensejo
Me apaga esse lampião
Estou morrendo de desejo
Amemos na escuridão!"
Embora estranhando um pouco
A atitude do marido
Lunalva tira o vestido
Semilouca de paixão.
Tatiana, naquele instante
Deitada naquela cama
Lunalva se surpreendeu
Não foi mulher, foi amante
Agiu que nem mulher-dama
Tudo o que tinha lhe deu.
No outro dia, manhãzinha
Acordando estremunhada
Lunalva soltou risada
Ao ver que não estava o Bill.
hehe...
Pois é li, li, li e não tem jeito....acabo voltado ao Poeta!
Bem, aqui vai uma parte da poesia de Vinícius...
A poesia é linda e representa perfeitamente como e o por que do folclore brasileiro!!
Se você tiver um tempinho, entre no site: www.viniciusdemoraes.com.br e procure...
Balada do morto vivo
Abração a todos!
Paz e bem!
Esdras Fernandes
...Efetivamente o Bill
Talvez devido à friagem
Que crepitava do rio
Voltara dessa viagem
Muito branco e muito frio.
"Tenho nada, minha nega
Senão fome e amor ardente
Dá-me um trago de aguardente
Traz o pão, passa manteiga!
E aproveitando do ensejo
Me apaga esse lampião
Estou morrendo de desejo
Amemos na escuridão!"
Embora estranhando um pouco
A atitude do marido
Lunalva tira o vestido
Semilouca de paixão.
Tatiana, naquele instante
Deitada naquela cama
Lunalva se surpreendeu
Não foi mulher, foi amante
Agiu que nem mulher-dama
Tudo o que tinha lhe deu.
No outro dia, manhãzinha
Acordando estremunhada
Lunalva soltou risada
Ao ver que não estava o Bill.
sábado, abril 09, 2005
Tem dia que não"estão" nem aí!
" Ser feliz não me traz sentimento de culpa.
Não preciso da tristeza
Para justificar a inutilidade da vida.
Não preciso morrer e
Ir ao céu
Para encontrar a felicidade.
Quero-a e tenho-a
Neste espaço terreno
Do aqui e do agora.
A felicidade,
Tal e qual, o amor
Está dentro de mim
E transborda
Em ternuras,
Em melodias,
Em carinhos,
Em alegrias,
Em cantos e encantos.
Sou feliz e não preciso me justificar.
Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz .
Faço minha estrela brilhar.
Sem receio dos encontros, desencontros, encantos e
Desencantos que o amor me diz."
(Drummond)
Não preciso da tristeza
Para justificar a inutilidade da vida.
Não preciso morrer e
Ir ao céu
Para encontrar a felicidade.
Quero-a e tenho-a
Neste espaço terreno
Do aqui e do agora.
A felicidade,
Tal e qual, o amor
Está dentro de mim
E transborda
Em ternuras,
Em melodias,
Em carinhos,
Em alegrias,
Em cantos e encantos.
Sou feliz e não preciso me justificar.
Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz .
Faço minha estrela brilhar.
Sem receio dos encontros, desencontros, encantos e
Desencantos que o amor me diz."
(Drummond)
quinta-feira, abril 07, 2005
Cara...muito bom mesmo!!! Enjoy!!!
She Walks In Beauty
Lord Byron
She walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that's best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes:
Thus mellowed to that tender light
Which heaven to gaudy day denies.
One shade the more, one ray the less,
Had half impaired the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o'er her face;
Where thoughts serenely sweet express
How pure, how dear their dwelling-place.
And on that cheek, and o'er that brow,
So soft. so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent.
Lord Byron's Life and Poetry
Lord Byron
She walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that's best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes:
Thus mellowed to that tender light
Which heaven to gaudy day denies.
One shade the more, one ray the less,
Had half impaired the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o'er her face;
Where thoughts serenely sweet express
How pure, how dear their dwelling-place.
And on that cheek, and o'er that brow,
So soft. so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent.
Lord Byron's Life and Poetry
segunda-feira, abril 04, 2005
Mudando de foco!!!
Meu anjo
Álvares de Azevedo
Meu anjo tem o encanto, a maravilha,
Da espontânea canção dos passarinhos;
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pêlo sedoso dos arminhos.
Triste de noite na janela a vejo
E de seus lábios o gemido escuto.
É leve a criatura vaporosa
Como a froixa fumaça de um charuto.
Parece até que sobre a fronte angélica
Um anjo lhe depôs coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.
como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do paraíso.
Dá morte num desdém, num beijo vida,
E celestes desmaios num sorrizo!
Mas quis a minha sina que seu peito
Não batesse por mim nem um minuto,
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fumaça de um charuto!
Álvares de Azevedo
Meu anjo tem o encanto, a maravilha,
Da espontânea canção dos passarinhos;
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pêlo sedoso dos arminhos.
Triste de noite na janela a vejo
E de seus lábios o gemido escuto.
É leve a criatura vaporosa
Como a froixa fumaça de um charuto.
Parece até que sobre a fronte angélica
Um anjo lhe depôs coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.
como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do paraíso.
Dá morte num desdém, num beijo vida,
E celestes desmaios num sorrizo!
Mas quis a minha sina que seu peito
Não batesse por mim nem um minuto,
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fumaça de um charuto!
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