sábado, julho 30, 2005

Mario Quintana

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender [nada, numa alegria atônita...]

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

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